Brasil vai estar representado por 29 atletas no Mundial de natação paralímpica, em Manchester
O 11º Campeonato Mundial de natação paralímpica começa nesta segunda-feira (31/07), na cidade de Manchester, Inglaterra, e deve reunir mais de 600 atletas de 70 países, no Manchester Aquatics Centre. O Brasil será representado por 29 atletas na competição que segue até o dia 6 de agosto e dá vagas para os Jogos Paralímpicos de Paris.
A seleção brasileira de natação paralímpica tem possibilidade de alcançar marcas históricas para a modalidade: os atletas vão atrás da 300ª medalha do país em Mundiais e o centésimo ouro na competição. Nas dez edições anteriores, o Brasil somou 248 pódios, sendo 98 ouros, 62 pratas e 88 bronzes.
Na última edição do Mundial de natação paralímpica, disputado na Ilha da Madeira, Portugal, em 2022, a delegação brasileira subiu 53 vezes ao pódio (19 ouros, 10 pratas e 24 bronzes) e ficou em terceiro lugar. Essa foi a melhor campanha da Seleção na história do evento.
As provas em Manchester ocorrerão em dois períodos, com as eliminatórias pela manhã (madrugada no Brasil) e as finais, à noite (tarde no Brasil) – algumas disputas não terão qualificatórias. Todas as provas serão transmitidas pelo YouTube do Comitê Paralímpico Internacional. As decisões vespertinas também poderão ser acompanhadas pelo SporTV 2.
Conheça os nadadores que vão representar o Brasil no Mundial de natação paralímpica 2023
Dos 29 atletas brasileiros, 15 são mulheres e 14 homens. Os nadadores representam dez estados: CE, MG, PA, PE, PR, RJ, RN, RS, SC e SP.
Em relação às deficiências, a seleção do Brasil é composta por cinco nadadores com deficiência visual (17,2%), cinco com deficiência intelectual (17,2%) e 19 com comprometimentos físico-motores (65,6%).
A média de idade é de 28,2 anos. O nadador mais novo é o paulista Samuel de Oliveira, com 17 anos, nascido no dia 28 de agosto de 2005, e a representante mais velha é a gaúcha Susana Schnarndorf, 55, que nasceu no dia 12 de outubro de 1967.
A composição da delegação brasileira foi feita com base nos 21 nadadores que atingiram índices estipulados pelo Comitê Paralímpico Brasileiro em duas seletivas: o Open Internacional de natação e a 1ª Fase Nacional do Circuito Loterias Caixa da modalidade. Ambas as competições foram realizadas no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, neste ano. Além disso, outros oito nadadores foram convocados pelo Índice Mínimo de Qualificação do Mundial e por terem as melhores marcas para revezamentos.
+ Confira o Guia de Imprensa do Mundial de Natação Paralímpica
Mundial de natação paralímpica: quando o Brasil estreia?
O Brasil vai para a piscina já no primeiro dia de competição. Nesta segunda-feira (31/07), 13 nadadores estarão em ação, incluindo alguns recordistas mundiais. Gabriel Araújo, Carol Santiago, Gabriel Bandeira, Samuel de Oliveira e Talisson Glock são os cinco nadadores e donos de melhores marcas do planeta na delegação brasileira presente em Manchester.
Confira as provas dos brasileiros programadas para segunda, a partir das 5h (horário de Brasília):
- 400m livre S8 – Cecília Araújo
- 100m peito SB9 – Ruan Felipe
- 50m livre S5 – Samuel de Oliveira e Esthefany Rodrigues
- 50m peito SB1-SB2 – Bruno Becker e Gabriel Araújo
- 200m livre S14 – Gabriel Bandeira
- 50m livre S11 – Matheus Rheine
- 50m peito SB3 – Patrícia Santos
- 100m costas S12 – Douglas Matera e Carol Santiago
- 100m peito SB4 – Susana Schnarndorf
- 50m livre S10 – Phelipe Rodrigues
Saiba mais sobre a natação paralímpica
As adaptações são feitas nas largadas, viradas e chegadas. Os nadadores cegos recebem um aviso do tapper, por meio de um bastão com ponta de espuma quando estão se aproximando das bordas. A largada também pode ser feita na água, no caso de atletas de classes mais baixas, que não conseguem sair do bloco. As baterias são separadas de acordo com o grau e o tipo de deficiência. No Brasil, a modalidade é administrada pelo CPB.
No total, o Brasil já conquistou 102 medalhas na natação em Jogos Paralímpicos, sendo 32 de ouro, 34 de prata e 36 de bronze. É a segunda modalidade que mais medalhas deu ao Brasil nas Paralimpíadas, atrás apenas do atletismo (142).
Classes na natação paralímpica
As classes sempre começam com a letra S (swimming):
S – Nados livre, costas e borboleta
SB – Nado peito
SM – Nado medley
A classificação ocorre por meio análise de resíduos musculares por meio de testes de força muscular; mobilidade articular e testes motores (realizados dentro da água). Quanto maior o grau de comprometimento, menor o número da classe:
1 a 10 – Atletas com limitações físico-motoras
11 a 13 – Atletas com deficiência visual
14 – Atletas com deficiência intelectual
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