A seleção brasileira feminina de goalball estará nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. A vaga olímpica veio após a Confederação Brasileira de Desportos Visuais (CBDV) aceitar um convite feito pela Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA, na sigla em inglês).
No caso, a IBSA ofereceu ao Brasil a vaga não preenchida pelo continente africano no goalball feminino dos Jogos. Acontece que, no Campeonato Africano, que classificaria uma equipe para Paris, apenas três equipes femininas (Argélia, Egito e Gana) participaram da competição. No entanto, o Comitê Paralímpico Internacional (IPC) considera qualificatórios apenas eventos com, no mínimo, quatro equipes participantes.
Assim, a vaga foi oferecida ao melhor time dos últimos Jogos Mundiais, que aconteceram em Birmingham, na Inglaterra, em agosto de 2023, que ainda não estivesse classificado a Paris. Na oportunidade, o Brasil terminou o Mundial com a medalha de bronze, a China ficou com o título, seguida da equipe do Japão. Como as equipes asiáticas já estão classificadas às Paralímpíadas deste ano, a vaga remanescente foi oferecida às brasileiras.
Após o “sim” da CBDV, restará apenas a confirmação oficial da IBSA para o Brasil estar presente nas duas categorias da modalidade em Paris 2024. A equipe masculina já estava garantida no megaevento da capital francesa por conta do título mundial conquistado em 2022.
A classificação do goalball brasileiro para Paris 2024
O goalball em Paris contará com oito equipes no feminino e oito no masculino, cuja distribuição de vagas foi formulada da mesma maneira em ambas as categorias. Classificam-se:
- Campeão do Campeonato Mundial
- Vice-campeão do Campeonato Mundial
- Campeão da Europa
- Campeão da África
- Campeão das Américas
- Campeão da Ásia/Pacífico
- País-sede (França)
- Melhor colocado do torneio qualificatório da IBSA (Jogos Mundiais) que já não esteja classificado
A seleção brasileira feminina começou este ano um trabalho com o novo treinador, Alessandro Tosim, que assumiu o cargo no início de dezembro. O grupo está concentrado em São Paulo desde domingo (28/01) para a primeira Fase de Treinamentos do ano.
“Gostaria de ressaltar a felicidade das meninas quando eu dei a notícia. Todas ficaram chorando, vibrando, comemorando. Foi emocionante de ver. E agora mudam as perspectivas do nosso trabalho. O que se estava pensando para cinco, seis anos, passou a ser cinco meses. Temos de trabalhar arduamente. O grupo já está com pensamentos e propostas diferentes e vêm apresentando uma grande evolução. Deixei claro para elas que já tive o privilégio de disputar três Paralimpíadas e ganhar três medalhas. Não vou ficar de fora do pódio desta também”, disse Alessandro.
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O Brasil nunca ganhou uma medalha paralímpica com as mulheres. Já os homens defenderão em Paris o inédito título conquistado em Tóquio. Além disso, o time tem, ainda, um bronze nos Jogos do Rio 2016 e uma prata em Londres 2012, sempre com Tosim no comando.
*Com informações da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais