Conheça algumas das modalidades do gelo que ganham destaque durante as Paralimpíadas de Inverno
As Paralimpíadas de Inverno 2022 já começaram. Não à toa, a gente aproveita o gancho e te conta um pouco mais sobre alguns dos principais esportes paralímpicos de inverno, praticados no mundo todo e que ganham destaque nas competições internacionais.
Confira as especificidades de cada modalidade paralímpica, de acordo com o Comitê Paralímpíco Brasileiro:
Esportes na neve para pessoas com deficiência
Uma lista com seis modalidades paradesportivas praticadas no gelo. E aí, quais desses você já conhece ou ouvir falar?
1. Esqui cross-country
O esqui cross-country é aberto a atletas com deficiências físicas e visuais. Dependendo da limitação física, o esquiador pode usar um sit-ski (uma cadeira equipada com um par de esquis). Atletas com deficiência visual competem com um atleta-guia (classes B2 e B3 podem escolher se competem com um guia ou não).
Tanto as mulheres quanto os homens participam de provas de distâncias curtas (provas de velocidade), médias (5km a 20km) e longas (variando de 10 km a 20km), ou então no revezamento por equipe.
Os Jogos Paralímpicos de Inverno de 2018 envolveram, ao todo, 20 provas da modalidade, disputadas por homens e mulheres e divididas entre as categorias sitting (sentado), standing (de pé) e visually impaired (para deficientes visuais).
2. Curling em cadeira de rodas
O curling em cadeira de rodas é uma versão adaptada do curling, um esporte popular de inverno, principalmente na Europa e na América do Norte. As equipes, formadas por homens e mulheres, precisam elaborar estratégias, que envolvam empurrar ou bloquear as pedras da outra equipe. Para isso, o atleta deve calcular o peso, a volta e o caminho que a pedra deve ser jogada.
3. Esqui alpino
O esqui alpino paralímpico foi desenvolvido quando os veteranos de guerra lesionados começaram a praticar o esporte após retornarem da 2ª Guerra Mundial. A modalidade apresenta as seguintes disciplinas: Downhill, Super-G, Super Combinado, Giant Slalom e Slalom.
Os atletas são classificados em categorias com deficiência visual (B1-B3), de pé (LW1-LW9) e sentado (LW10-LW12), que competem também em um sit-ski e utilizam estabilizadores, ao invés de bastões.
As duas provas técnicas são Slalom e Slalom Gigante. Slalom possui um percurso que exige curvas curtas e abruptas, uma vez que os gates têm menor distância entre eles; já o Giant Slalom apresenta maior distância entre os gates. Super-G e Downhill, consideradas disciplinas de velocidade, têm menos mudanças de direção e, por fim, o Super Combinado é a disciplina que combina uma prova técnica com uma prova de velocidade.
No caso dos atletas com deficiência visual, os atletas-guia iniciam a prova sem passar pelo portão inicial, o que permite que estejam um pouco à frente dos competidores, oferecendo instruções verbais para os mesmos.
4. Biatlo
É um esporte que combina esqui cross-country com tiro esportivo, duas disciplinas muito distintas. Os atletas são divididos nas categorias sentado, em pé e com deficiência visual. O esporte foi adotado como uma disciplina formal nos Jogos Paralímpicos de Inverno de Lillehammer, em 1994.
5. Snowboard
O snowboard paralímpico é uma versão adaptada do snowboard para atletas com deficiências. A classificação funcional dos atletas se dá de acordo com o comprometimento dos membros superiores (categoria SB-UL) e dos membros inferiores (categorias SBLL-1, SBLL-2).
A modalidade foi introduzida nos Jogos Paralímpicos de Inverno como uma prova do cronograma esportivo do esqui alpino, em Sochi 2014. Em Pyeongchang 2018, foi disputada como um esporte único e teve 10 provas dessa modalidade, divididas entre snowboard cross (tomada de tempo individual, com posterior disputa head-to-head) e banked slalom (disputa de tempo individual).
6. Hóquei no gelo
Hóquei no gelo é um esporte rápido, altamente físico e jogado por homens e mulheres com deficiência física nos membros inferiores do corpo. A modalidade segue as regras da Federação Internacional de Hóquei no Gelo (IIHF) com algumas modificações. Os jogadores não utilizam patins, mas trenós com duas lâminas. São usadas duas varas, uma com ponta para empurrar e outra para o tiro. A disputa é entre duas equipes de 13 jogadores e dois goleiros.